ATA DA TRIGÉSIMA SEXTA SESSÃO SOLENE DA SEXTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA NONA LEGISLATURA, EM 11.08.1988.

 


Aos onze dias do mês de agosto do ano de mil novecentos e oitenta e oito reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Trigésima Sexta Sessão Solene da Sexta Sessão Legislativa Ordinária da Nona Legislatura. Às dezessete horas e vinte e cinco minutos, constatada a existência de “quorum”, o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada a homenagear os vinte e cinco anos da RBS TV, e convidou os Líderes de Bancada a conduzirem ao Plenário as autoridades e personalidades presentes. Compuseram a Mesa: Ver. Brochado da Rocha, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; Dr. Sinval Guazelli, Vice-Governador do Estado; Dr. Renato D’Arrigo, Presidente da Cia. Carris Porto-Alegrense, representando, neste ato, o Sr. Prefeito Municipal; Dr. Jayme Sirotsky, Presidente da RBS; Dr. Walmor Bergesch, Diretor do Sistema RBS TV; Jorn. Wilson Müller, representando, neste ato, a Associação Rio-Grandense de Imprensa, ARI; Ver.ª Gladis Mantelli, lª Secretária da Casa. A seguir, o Sr. Presidente concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Ver. Artur Zanella, como proponente da Sessão e em nome das Bancadas do PFL e do PL, ressaltou a importância da Rede Brasil Sul de Telecomunicações dentro do contexto cultural brasileiro. Enfatizou os serviços prestados por essa emissora de televisão à comunidade gaúcha e congratulou-se com a RBS TV, dizendo que ela já faz parte da vida do Rio Grande do Sul e do Brasil, mostrando, há vinte e cinco anos, a alma gaúcha. O Ver. Flávio Coulon, em nome da Bancada do PMDB, discorreu sobre a RBS TV, falando de seu papel no âmbito mundial da comunicações social, onde nunca esqueceu seu lado regional, levando e elevando o Rio Grande do Sul. Disse que o Estado e a RBS se unem em um mesmo fim, que é o desenvolvimento gaúcho. O Ver. Cleom Guatimozim, em nome da Bancada do PDT, dizendo já ter trabalhado na RBS TV, comentou as diversas fases porque passa uma empresa de telecomunicações, analisando a evolução da RBS e declarando que ela hoje oferece ao povo gaúcho o que de melhor existe no ramo. Salientou que o sucesso daquela emissora deve-se a sua integração com a comunidade. O Ver. Lauro Hagemann, em nome da Bancada do PCB, relembrou o dia da inauguração da RBS, em mil novecentos e sessenta e três, com a presença do Presidente da República, dizendo ter sido esse um acontecimento ímpar para a época. Saudou o Ver. Artur Zanella pela proposição apresentada e congratulou-se com a RBS pelo transcurso de seu aniversário. O Ver. Antonio Hohlfeldt, em nome da Bancada do PT, discorreu sobre o alto nível estrutural do grupo RBS de Telecomunicações, que soube buscar seu desenvolvimento através de uma constante adaptação às exigências técnicas do País. Atentou para a importância da regionalização das telecomunicações, buscada pela RBS TV. E o Ver. Hermes Dutra, em nome da Bancada do PDS, salientou a forte integração da RBS Tv com nosso Estado, declarando que a história dessa emissora confunde-se com a própria história do Rio Grande do Sul. Analisou o papel relevante representado pela empresa de comunicação dentro da sociedade atual. Após, o Sr. Presidente concedeu a palavra ao Dr. Jayme Sirotsky, que agradeceu a homenagem prestada pela Casa à RBS TV. Em prosseguimento, o Sr. Presidente convidou o Ver. Artur Zanella a proceder à entrega do Troféu “Frade de Pedra” ao Dr. Jayme Sirotsky. Durante os trabalhos, o Sr. Presidente registrou a presença, no Plenário, do Dep. Germano Bonow. A seguir, o Sr. Presidente fez pronunciamento alusivo à solenidade, convidou as autoridades e personalidades presentes a passarem à Sala da Presidência e, nada mais havendo a tratar, levantou os trabalhos às dezoito horas e trinta e seis minutos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Ver. Brochado da Rocha e secretariados pela Ver.ª Gladis Mantelli. Do que eu, Gladis Mantelli, lª Secretária, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelo Sr. Presidente e por mim.

 


O SR. PRESIDENTE: Dou por abertos os trabalhos da presente Sessão Solene.

Inicialmente, concedemos a palavra ao Sr. Ver. Arthur Zanella, que é o autor da preposição, e que falará em nome da Bancadas do PFL e PL. Com a palavra o S. Exa.

 

O SR. ARTUR ZANELLA: (Menciona os componentes da Mesa.) Esta Sessão Solene de hoje é a Sessão Solene que, quando é solicitada por um Vereador, representa, na verdade, representa, na sua integridade, o pensamento dos 33 Vereadores que representam a população desta Casa. Em nome do PFL, com seus 5 Vereadores, do Ver. Jorge Goularte, do PL, esta Sessão se torna importante, ela se torna imprescindível porque, no decorrer deste ano, nós estamos comemorando os 25 anos da RBS TV, uma organização que traz, para todos nós, a informação precisa, instantânea, na sua programação são ressaltados, principalmente, os aspectos culturais do nosso Estado, do nosso País, esportivos, em que tem sido até, muito questionada, não a estação, não a RBS TV, mas a forma como as redes de televisão transformam o País e o mundo, verdadeiramente, numa aldeia global, e muitos dizem que a existência de uma rede nacional, culturalmente, traz algum abalo para aquelas comunidades que, de uma hora para outra, enfrentam realidades diferentes e distintas. A minha posição é exatamente o contrário. Eu, que nasci e me criei no interior, efetivamente, participava de uma civilização a parte. E, se não fosse a existência destas redes, nós nunca teríamos condições, como um todo. De avaliar o que é a cultura nacional, o que é inter-relação existente entre todos os Estados do Brasil e entre os países. A Rede, a RBS, como integrantes desta Rede, ela leva para todo o Brasil a nossa cultura, e traz para nós essa cultura nacional. Mas quem é essa empresa afinal de contas? E eu falo, com a maior tranqüilidade, na presença do meu querido amigo Dep. Germano Bonow, meu colega de Julinho, do Prof. Felizardo, professor do Julinho, que o início dos meus estudos em Porto Alegre, modestíssimo funcionário público estadual, ia lá para a Rádio Guaíba, trabalhar mediante cachê, escrevendo notícias de esporte e tentando manter-me aqui em Porto Alegre, que era uma selva para aqueles que vinham do interior – eu sempre digo isto – em busca de um sonho. E eu via assim passar só figuras que eu só conhecia de noticiário. Até contei alguns nomes aqui para que não me esquecesse, começando pelo Cambises Martins, que eu sempre imaginei que fosse um egípcio, o Walmor Bergesch, o Otávio Augusto Vampre, o Paulo Salgado, o José Maurício, o Fernando Miranda, o Sérgio Reis, o Ivan Castro, que foi Vereador aqui conosco, o Salimen Jr., que tinha os dois fãs clubes, o fã clube do Salimen e o fã clube do Maurício, apresentadores, o Carlos Gilberto, o Glênio Reis, o Mendes Ribeiro, e deixando por último, o inesquecível Samuel Madureira Coelho. E eu via aquelas pessoas passando e começando a televisão, a qual eu nunca tive acesso para conhecer efetivamente aquelas pessoas. E a televisão, que para mim era uma coisa longínqua, na verdade, era o Maurício e era o homem do dinheiro, como diziam, o Jayme. Então, e eu me lembro que aquilo era bem dividido. Quando o problema era administrativo, funcional, as pessoas eram conduzidas ao Jayme, quando era uma idéia mais ousada, iam ao Maurício. Eu nunca cheguei perto de nenhum dos dois, mas essa lembrança da minha vida me fez pedir essa Sessão quando vi que se comemorava os 25 anos, porque acho que isso faz parte da minha vida, faz parte da vida da maioria dos que aqui estão e faz parte da vida do Estado, da Cidade e do País. Hoje, a RBS TV já faz a sua própria rede, trazendo do interior tudo aquilo que de rico tem o interior, quando poderiam, tranqüilamente, estar lá repetidoras em cada município, tentando vender publicidade para aquelas pessoas. Integrou-se efetivamente numa rede com estações autônomas enriquecendo o Rio Grande do Sul e ampliando aquele mercado de trabalho e, principalmente, dando “status” àquelas nossas cidades de porte médio que tão prestigiadas são pelas RBS. A RBS, hoje – Jayme Sirotsky, Fernando Ernesto Correa, que, na minha época, era comentarista de esporte, Nelson Sirotsky, Carlos Melzer, Marcos Divosky, Pedrinho Sirotsky, Roberto Eduardo Xavier – com essa plêiade de funcionários – alguns já citados – com todos os seus astros, artistas, apresentadores e eu, não podendo citar todos, citaria esse exemplo de mulher que é a Maria do Carmo, sintetizando nela todos aqueles que nos trazem em casa a informação, que nos trazem em casa toda a programação. Eu diria, Jayme, que a RBS, antiga TV Gaúcha, é representada pelo nosso querido Maurício, que esta Cidade ainda chora, é representada pela Dona Ione e é representada por ti, é esta idéia, é esta a filosofia, que estamos homenageando hoje. Não por ter feito 25 anos, porque eu conheço centenas, milhares de entidades que fizeram 25 anos, mas por ter feito 25 anos mostrando a alma gaúcha, mostrando para todo o Brasil que, apesar de tudo que nos ocorre, o Rio Grande é a nossa Pátria, o Rio Grande tem a sua voz que fala por ele, que é a RBS. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Pela ordem, concedemos a palavra ao Ver. Flávio Coulon, que falará neste momento em nome do PMDB.

 

O SR. FLÁVIO COULON: (Menciona os componentes da mesa.) Meus Senhores e minhas Senhoras. Quando se fala nas características que diferenciam o homem dos outros animais, duas assomam de imediato. A primeira é a do raciocínio. A segunda é a da comunicação de conceitos abstratos. De certa maneira, tudo está centrado nesta capacidade humana de não apenas elaborar conceitos, mas também de poder transmiti-los de um indivíduo a outro, ou através dos tempos, de uma geração até outra. Alguém poderá lembrar que os animais também se comunicam, o que é verdade, mas nesta comunicação existem apenas mensagens predeterminadas de medo, alarme, ataque ou satisfação. É por isso que animais de uma mesma espécie sempre conseguem se comunicar, mesmo que criados em dois continentes diferentes.

Com o homem é diferente. Na mesma medida em que sofisticamos o conteúdo de nossa comunicação, fomos tornado mais limitados seus códigos. A primeira grande barreira foi criada pela proliferação de idiomas. Incapazes de se fazer entender, as tribos se organizaram em nações, e trataram de combater outras tribos que falassem línguas diferentes. Aos poucos, criaram hábitos e costumes também diferentes, de modo que chegamos ao alvorecer de século XX pulverizados em mil culturas, estranhas umas às outras, espalhadas pela superfície do planeta.

Até meados do século, nossos hábitos poucos se diferenciavam dos de nossos antepassados. Sofisticamos os meios de morte, mas não soubemos nos afastar deles. E tanto os sofisticamos que, de repente, eles ficaram perigosamente eficientes. Depois de Hiroshima e Nagasaki, o perigo da extinção passou a rondar de perto as tribos em guerra. E o homem, pela primeira vez, viu-se na contingência de precisar priorizar sua capacidade de comunicação à de matar seus semelhantes.

O incremento das comunicações foi a fórmula encontrada pela raça humana para escapar da extinção. Na medida em que se recompõe a capacidade de compreensão entre os seres humanos de todas as culturas, a Comunicação Social aproxima os homens das mais diferentes fronteiras. Esta a grande revolução de nossa época. Por mais que se critiquem os conceitos da chamada “aldeia global”, por mais que a fase de transição possa custar a identidade cultural de certas regiões mais fracas, é por aí que reside a esperança de sobrevivência da humildade.

Mas o ideal, claro, é sobreviver com esta identidade preservada. Como isto é possível? É possível. Tendo, em cada região, núcleos de comunicação fortes e atuantes, que sirvam ao mesmo tempo de ponte para o mundo e como elemento de preservação da identidade regional. É neste contexto que se insere o trabalho da RBS TV em nosso Estado. Nestes 25 anos em que constituiu um trabalho merecedor do reconhecimento de toda a comunidade, a RBS TV foi o elo eletrônico a unir o Rio Grande ao resto do mundo.

Não por acaso, é ela hoje a mais importante das empresas associadas à rede Globo. Enquanto outras tantas emissoras preferiram se acomodar à facilidade de serem meras repetidoras, a RBS TV vem desenvolvendo uma programação regionalista, com ênfase não apenas na Capital, mas também nas diversas regiões do interior do Rio Grande. Por isso, inegavelmente, somos um Estado privilegiado. Inserido no contexto mundial de comunicações, mas, ao mesmo tempo, protegido da descaracterização cultural que tanto preocupa a outras unidades da federação.

Isto em muito devemos ao ideal de Maurício Sirotsky Sobrinho, que um dia, lá se vão 25 anos, ousou apostar no futuro da Comunicação Social. A RBS TV, junto com os outros órgãos do complexo RBS, é o resultado do sonho deste homem. Um sonho que elevou e dignificou Maurício, carregando junto as próprias características maiores e mais caras do nosso Estado. Porque hoje, sem dúvida, é possível dizer que a RBS e o Rio Grande se misturam em um mesmo destino comum. Um destino direcionado à grandeza de um futuro melhor, de um mundo unido pelos meios de Comunicação Social. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Cleom Guatimozim, que fala em nome da Bancada do PDT.

 

O SR. CLEOM GUATIMOZIM: (Menciona os componentes da Mesa.) O pedido feito pela Assessoria do Sr. Presidente, para que nós fôssemos breve nesta tribuna, ficou bastante facilitado pelos oradores que nos antecederam. Nós, a exemplo de outros Vereadores, tivemos também uma participação, não só na TV Gaúcha, mas também na rádio e no jornal, inclusive, com programas bastante demorados no vídeo e de grande aceitação pública e, enfrentando, na oportunidade, as dificuldades técnicas que se apresentavam então. Há pouco, quando via o Claro Gilberto, me lembrava de uma transmissão externa em que a técnica, pelas dificuldades de retirar a imagem da torre, estava tirando a imagem na persiana de alumínio de um edifício em seu oitavo andar, para então transmitir à torre. Verificando o ruído, o proprietário do apartamento abriu a janela para ver o que se passava e acabou-se a imagem. Então, o Claro Gilberto mandou que fosse até o oitavo andar pedir ao cidadão fechar a janela, para que o programa pudesse continuar sendo transmitido. Mas, já naquela época, verificávamos porque se iniciava tudo no País, a grande responsabilidade que tem uma empresa de comunicação com a população. Sabemos que a imprensa, nos tempos modernos, é uma das maiores formadoras da opinião pública. Alguns homens perceberam ainda antes do deslanche do rádio, como Maurício Sirotsky Sobrinho, esta realidade. Do microfone que dava choque até a perfeição técnica de hoje. Esta evolução foi acompanhada de perto pela RBS, que, aproveitando-se desta moderna técnica, oferece o que há de melhor em comunicação à nossa população do Rio Grande e do Brasil. No aniversário deste complexo, quando esta Casa se propõe ao indeclinável dever de agradecer à vigilância e fiscalização daqueles que detêm o poder, pretendemos, em nome do PDT, dizer que aceitamos a crítica, que agradecemos o aplauso dos atos que praticamos. Os Legislativos são sem dúvida a parte de poder público que mais se aproxima da atividade da imprensa. Aqui lembro as palavras do Presidente Brochado da Rocha, na abertura dos trabalhos em janeiro: “Quando os Legislativos estão fechados, não há imprensa livre.”

Está claro que os atos praticados dentro de um Legislativo são mais abertos dos que os praticados pelo Poder Executivo. Não que pretenda o Executivo escondê-los, mas porque o Legislativo é mais aberto, mais vulnerável no sistema político brasileiro. Acompanhamos dentro desta Casa e dentro da RBS os 25 anos e, assim, participamos dos programas de rádio, de televisão e, até, escrevendo na segunda página do Jornal Zero Honra. Podemos afirmar que o sucesso de todo o complexo, não só da TV, foi exatamente a integração com a comunidade e a sua participação ativa em favor dos anseios humanos. Houve um aprimoramento tecnológico sem esquecer o lado humano. E nós desejamos que a RBS TV continue a sua trajetória, cada vez mais técnica, mas, também, cada vez mais humana. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Concedemos a palavra ao Ver. Lauro Hagemann. S. Exa. falará em nome da Bancada do PCB.

 

O SR. LAURO HAGEMANN: (Menciona os componentes da Mesa.) Srs. Vereadores, autoridades, Deputados e, principalmente, meus companheiros de rádio e televisão. Eu serei breve, atendendo ao apelo da mesa e da direção da empresa. Nós teríamos muitas coisas a lembrar nestes 25 anos da RBS TV, mas eu não posso esquecer o dia da inauguração, com a presença do então Presidente João Goulart, 1963. Este País vivia momentos de muita dramaticidade, que culminaram, pouco tempo depois, nos chamados idos de março ou de abril de 64. O aparecimento da TV Gaúcha nos lares porto-alegrenses e rio-grandenses foi um acontecimento ímpar: a Cidade contava apenas com uma estação de televisão, e todos nós, a partir daquele instante, pudemos ter uma opção a mais. E a emissora cumpriu o seu papel, tanto que hoje, 25 anos depois, ainda se mantém e cada vez mais ativa, mais viva, mais atuante no seio da sociedade porto-alegrense e rio-grandense, através de sua cadeia de retransmissoras. Falar sobre o papel da TV na sociedade moderna brasileira e mundial exigiria uma longa dissertação. Nós apenas queremos saudar a iniciativa do Ver. Artur Zanella, ao propor esta Sessão de homenagem, e transmitir o nosso abraço muito fraternal aos companheiros da RBS TV – TV Gaúcha, por este acontecimento, por esta comemoração. Muitos daqueles velhos companheiros ainda vemos, hoje, aqui, sentados no Plenário, e isto nos traz uma sensação de que a vida não passou por nós. Nós estamos ainda inseridos neste contexto, para que a sociedade obtenha, cada vez mais, um melhor rendimento deste veículo extraordinário, que muitas vezes é mal entendido, que muitas vezes é mal praticado, mas que, não obstante, é um instrumento do dia-a-dia do cidadão. Hoje já não se concebe mais a sociedade e qualquer casa, por mais modesta que seja, sem um aparelho de televisão e daí decorre o seu imenso poder, e mais do que o seu poder, a sua extraordinária responsabilidade na condução correta das imagens da sociedade. Parabéns RBS TV! Que possamos comemorar os outros 25 anos com a mesma galhardia, com o mesmo afinco e com a maior dedicação à sociedade a qual nos inserimos. Em nome do PCB e desta Casa, como um dos seus componentes, os nossos parabéns. (Palmas.) Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Antonio Hohlfeldt, que representa, neste ato, o PT.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: (Menciona os componentes da Mesa.) Antes de mais nada, gostaria de fazer uma saudação, em especial, aos companheiros Maria do Carmo e Lasier Martins e Roberto Appel, já lembrados pelo Ver. Zanella –dentre tantos outros companheiros, pois, uma emissora de televisão, e o Jaime sabe disto, é aquela imagem que ela passa através de seus trabalhadores, daqueles que atuam na frente do vídeo, e sem dúvida, quando se fala na RBS, dentre tantas outras imagens, estes três profissionais traduzem a marca da RBS. Prezado Jaime, Senhoras e Senhores, acho que é muito importante este ato, nesta Casa, 25 anos, um quarto de século, a história da RBS TV, que se confunde, que se mescla com o momento da história brasileira, muito difícil, lembrada há pouco pelo Ver. Lauro Hagemann, e neste momento difícil, esta emissora escolheu, não o lado fácil, aquele lado de quem, já com uma boa base, poderia se deitar nos louros e deixar o barco correr, mas buscou exatamente, construir e diferenciar-se em algumas coisas. Se há uma novidade que a RBS traz ao panorama, não apenas às comunicações do Rio Grande do Sul, mas às comunicações de todo o Brasil, é ter exatamente ultrapassado a característica de uma empresa puramente familiar, para buscar uma estrutura orgânica capaz, e efetivamente, de possibilitar-lhe um crescimento permanente e não lhe colocar às mãos de dependências, de possibilidades da sorte de se manter ou não como uma empresa, conforme os ramos familiares decidissem ou não prosseguir a caminhada iniciada em determinado momento. Isto significou a estrutura de uma empresa. Eu me lembro que, há alguns anos atrás, quando na condição de jornalista, tive a oportunidade de conversar com o Jornalista Jaime Sirotsky, e falávamos a respeito de toda a empresa, de todo o grupo, porque traduzíamos numa reportagem, num ensaio, exatamente o que era a RBS, me ficava muito clara a sensação de que, por mais que nós avançássemos, a partir de determinado momento, não se teria mais condições de ultrapassar aquele estágio alcançado pela RBS, exatamente porque ela fora capaz de se estruturar, compreendendo o momento em que vivia e antecipando o seu olhar, jogando-se à frente, preparando-se exatamente para enfrentar o futuro. Neste sentido é que me parece importante a idéia da regionalização, porque lembrava aqui o Ver. Flávio Coulon muito bem – e, afinal, nós que trabalhamos com a comunicação sabemos disto – a rede, a centralização, ela é perigosa, sem dúvida nenhuma, pelo domínio cultural que vai, eventualmente, provocar e tem provocado. Tradicionalmente, a bem da verdade. Mas, de outro lado, é inequívoco – e isto nós vimos ao longo deste ano - quando a TV Gaúcha vai ao interior fazer as suas transmissões ao vivo, como também é importante a imagem da TV, para trazer a imagem regional até o grande centro, para trazer a realidade do lugar aonde ela chega. Por dezenas de vezes, seja na condição de escritor, seja na condição de jornalista, seja na condição de um político ligado à vida partidária, em que viajei pelo interior do Rio Grande do Sul, tive oportunidade de ver o tipo de relação estabelecida pelas emissoras do Grupo com as cidades, com as comunidades, com as regiões em que estão inseridas. E mais do que isto, ou melhor, para que isso fosse possível, foi fundamental que se pensasse a RBS TV não apenas como uma simples emissora de televisão, mas, sim, uma emissora de televisão a partir da qual se articulava uma série de coisas. E acho que um dos serviços mais importantes que a RBS colocou à disposição do Rio Grande do Sul, sem dúvida nenhuma, é a possibilidade do videotexto, é a possibilidade de reunir as mais modernas potencialidades que este meio nos permite, trazer isto, decisivamente, para o público, para o expectador de um modo geral. É neste sentido, portanto, Jayme, neste dia de hoje, parece importante esta Sessão. Não é apenas um aniversário, até porque aniversários, normalmente marcam velhice, mas é, ao contrário, uma data em que se faz um balanço, se verifica, exatamente, a eficiência de uma organização que soube, para o bem, para o mal, isto nós saberemos gradualmente no futuro, que soube se organizar, se preparar para avançar com este País, com este Estado. Sou grato. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: A seguir, a Mesa concede a palavra ao Exmo. Sr. Ver. Hermes Dutra. S. Exa. falará em nome da Bancada do PDS, com assento nesta Casa.

 

O SR. HERMES DUTRA: (Menciona os componentes da Mesa.) Exmo. Sr. prezado amigo, Deputado Germano Bonow, que, com a sua presença aqui, traz também a presença do parlamento estadual nesta Casa. Prezado Secretário de Cultura do Município, Dr. Felizardo, ilustres colaboradores e homens que fazem rodar esta engrenagem que fez com que a RBS, ao longo destes 25 anos que hoje a Câmara Municipal de Porto Alegre por feliz proposta do nobre Ver. Artur Zanella está a homenagear, fez com que esta rede se integrasse de tal forma no Rio Grande, de uma forma geral e em Porto Alegre de uma forma muito particular, que a sua história nestes 25 anos, como bem disse o Ver. Antonio Hohlfeldt, se surgiu ao lado de um fato histórico brasileiro, ela se confunde com a história do Rio Grande e com a história de Porto Alegre.

Mac’Luhan, quando definiu o conceito de que o mundo era uma aldeia global, não exagerou, ao contrário, reforçou a necessidade de que esta aldeia global só sobrevive se os valores regionais forem preservados e, neste aspecto, a empresa de Comunicação Social figura como um papel de destaque e de relevância bastante significativa. Isso como elemento formador de opinião, como elemento inclusive capaz de mudar a conceituação de determinadas questões, não é fácil para uma empresa conseguir equilibrar um imenso jogo de interesses que envolvem a sua operação com a sua missão maior de que é de bem informar a comunidade que cerca.

Dizer mais do que os meus colegas já disseram seria exagero e repetitivo, mas não posso deixar de registrar algumas questões, até mesmo como Líder do meu Partido, o Partido Democrático Social – PDS – poder associar-se à homenagem que a Câmara Municipal presta.

A verdade é que o mundo mágico da televisão, o mundo não inquietante, mas o mundo em que só escutamos e sequer imaginamos o que tem por trás de uma emissora de rádio ou a dificuldade que se tem para fazer e para sobreviver quando se vive de um jornal, estas questões mostram, na medida em que consegue sobreviver e crescer, a grandeza daqueles que um dia ousam em sonhar e só são capazes de sonhar aqueles que verdadeiramente tem a ousadia. E a RBS é resultado de um grande sonho que já não é mais do Maurício, que se foi, não é mais dos seus proprietários, seus herdeiros e colaboradores que fazem a RBS girar, a RBS na verdade torna-se um sonho dos gaúchos e hoje se estende a Santa Catarina, dando aos catarinenses não só a informação que eles precisam, mas a informação, um pouquinho de sotaque gaúcho, onde o “e”, no final da palavra, muitas vezes, toma o lugar do “i”. É o Rio Grande que atravessa fronteiras, levando a competência dos seus, mostrando que nós também podemos exportar tecnologia, trabalho, e não só revoluções – é como costumeiramente acham que nós somos capazes de fazer. Esta rede tem cheiro e tem gosto de terra do Rio Grande, e, homenageando-a, a Câmara de Vereadores nada mais faz do que também cumprir o seu papel, posto que a RBS, ao longo desses 25 anos, soube honrar o compromisso que aqueles que a idealizaram assumiram: bem informar, tarefas, aliás, bem difícil nos dias de hoje. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: A seguir, temos a honra de conceder a palavra ao Dr. Jayme Sirotsky.

 

O SR. JAYME SIROTSKY: Sr. Ver. Brochado da Rocha, estimado amigo, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; querido amigo Dr. Sinval Guazelli, Vice-Governador do Estado, figura política de destaque, com quem temos tido oportunidade de conviver, ao longo de muitos anos, e, por conseqüência, aprender a admirar e a respeitar; representante do Dr. Alceu Collares, meu caro amigo de tantas lides e de tantos momentos; Dr. Renato D’Arrigo; Ver.ª Gladis Mantelli, Senhor representante da ARI, colega e amigo Wilson Müller; meu caro Walmor, que embranqueceu os seus cabelos junto comigo e com tantos outros companheiros nesta caminhada que prossegue vigorosa, graças a Deus; Srs. Vereadores; meus colegas, meus companheiros da Rede Brasil-Sul, que compartilham comigo do prazer desta convivência e desta homenagem, companheiros que representam vários setores de atividades da nossa RBS TV, com destaque com o que estão aqui no exercício direto e objetivo da sua função, da sua atividade, razão maior da evidência de que a nossa lide, a lide dos homens de comunicação é uma lide incessante que não tem dia, que não tem noite, que não tem sábado, não tem domingo, não tem feriados, tão excitante quanto a dos Senhores, homens que representam a comunidade. 1962, 29 de dezembro de 1962, cenário: o Rio Grande do Sul de cinco milhões e seiscentas mil pessoas. Uma Porto Alegre, Porto Alegre que nos homenageia hoje pelos Senhores, seus legítimos representantes e que nos viu nascer com 757 mil habitantes. Um Rio Grande do Sul em cujo céu estava o nosso Cruzeiro do Sul, mas composto por umas tantas ilhas isoladas que não se comunicavam porque havia – e falamos de tão pouco tempo – grande deficiência de comunicação – telefonia era inexistente ou bastante deficiente; as estradas estavam longe de ser a malha que nós temos hoje; conceito de evolução da nossa sociedade é bom que se situe naquele cenário porque faz muito pouco tempo. 29 de dezembro de 1962, nascia um veículo de comunicação; nascia a TV Gaúcha, cuja logotipia era uma cuia e uma câmara de televisão. Mas, que veículo de comunicação! O fascínio de um novo momento, o fascínio de uma nova oportunidade, os meios eletrônicos que poucas décadas antes se haviam iniciado com o rádio – ele próprio uma grande revolução – compactuaram-se novamente por uma nova revolução: a televisão, a imagem à distância. O inconcebível acontecendo! Imagem em preto e branco, imagem que se propagavam com alguma dificuldade, mas que era um início importante, antecedidos por uma outra experiência que já fizera, como referiu um dos oradores que nos homenageou, antecedidos pela TV Piratini, que, 3 anos antes, oferecia aos gaúchos a oportunidade de conviver com esse fabuloso meio. E, aí, começa uma história, que me agrada sobremodo que tenha sido registrada de maneira tão firme por todos os Senhores que aqui estiveram, pinçando aqueles pontos que foram, têm sido e são os elementos mais fortes da relação que procuramos estabelecer com os usuários do novo veículo de comunicação. Quase todos os Senhores mencionaram a aproximação com a comunidade, o conceito de integração regional e a valorização de recursos humanos. É verdade que foram dificuldades imensas as que tiveram que ser vencidas. A tecnologia era recente, era nova; a televisão, ela própria, tinha não mais do que algumas décadas desde que saíra dos laboratórios, e os recursos eram escassos, os equipamentos dispendiosos, imensos, difíceis de serem utilizados e movimentados. Mas a visão existiu, a idéia de que integrar deveria ser o propósito, mas integrar não apenas pela chegada da informação que não, também, pela captação, pelo estabelecimento de uma condição que não preexistia, a inauguração da RBS TV. E começou toda uma história que o Artur Zanella, falando pelo PFL, pelo PL, e mais especialmente tendo sido o autor da proposta que, carinhosamente, nos homenageia hoje, referiu em alguns episódios que evocam boas lembranças e que, até, colocou aquela situação que eu era o “homem do dinheiro”. Eu diria, Artur, que eu era muito mais o homem do endividamento, da falta do dinheiro, o homem das dívidas, mas que estava lá, com felicidade, ao lado do meu irmão, do meu sócio, do meu amigo, com quem eu sempre me complementei, graças a Deus, com quem eu pude traçar uma história de vida. Felicidade que tivemos, não apenas eu e o Maurício, mas todos aqueles que, desde então, partilharam desta idéia, desta história, que também foi dito, não se completa, é um romance aberto, é uma novela que, a cada dia, acrescenta um capítulo, um talvez um pouco melhor do que o outro, outro menos feliz, mas que, recebido pelos espectadores, representa o cumprimento de uma tarefa. Tarefa que o Flavio Coulon, que nos homenageou pelo PMDB comenta com o fascínio das comunicações, conflito presente até hoje entre o universal, o regional, o local, e as discussões infindáveis em torno da adequação do uso deste fantástico veículo com esta finalidade.

Pois esta discussão foi um dos fatores que nos levou à procura de uma nova proposta.

O Cleom Guatimozim, o velho Cleom, companheiro, também de páginas de jornal, de microfones das nossas rádios e nossos canais de televisão, coloca, e muito bem, no paralelismo, que hoje já é um aforisma, entendidos por todos como verdadeiro, de que não há imprensa livre sem Legislativo. E é verdade. E é por isso que nós torcemos como ninguém para que se possa apurar, aprimorar e melhorar a condição de democracia incipiente que voltamos a trilhar nestes últimos poucos anos. Com lembranças de Lauro Hagemann, que também foi calado tantas vezes, exatamente, pela ausência dessa democracia. Mas que aqui está hoje com a sua tribuna, representando suas idéias, representando os seus conceitos. Que registrou muito bem, como velho companheiro jornalista, radialista e aí lembrou o Lauro uma passada rápida como esse processo alcançou tantos outros que aqui estão na vida pública, ou que estão, ou que estiveram, ou que prestam suas funções em outras atividades e que tiveram as suas passagens pela área das comunicações sociais. Que é, sem dúvida nenhuma, uma escola de procedimento comunitário, uma escola de comportamento público.

O Antonio Hohlfeldt, ele também é jornalista, que me fez a gentileza de destacar, ao lembrar alguns dos nomes de companheiros nossos que aqui estão, um elemento que é aquele que colocamos no ponto alto da pirâmide de valores da RBS, os nossos recursos humanos. Pessoas, gente, que com todas as privações e com todos os problemas que conjunturas diversas nos fazem viver, estão lá conosco. Em alguns momentos, convivemos com mais facilidade, em outros, com algumas dificuldades, como em qualquer processo de convívio. Mas sempre com muita sinceridade. E finalmente o Hermes Dutra, que, em nome de sua Bancada, o PDS, registra que já não somos uma empresa, somos o que ele disse poeticamente e liricamente, o sonho dos gaúchos. Mas nós nos consideramos, Hermes Dutra, uma instituição, mais que uma empresa. E é essa cultura de respeito à importância que têm os operadores de Comunicação Social, que nós queremos que se consolide, cada vez mais. Porque é por aí que nós adquirimos a nossa aspiração e pretendemos perpetuar os nossos veículos.

Mil, novecentos e oitenta e oito, cenário: o mesmo Rio Grande de 25 anos atrás, mas o Rio Grande com 8 e meio milhões de habitantes; uma Porto Alegre com cerca de 1 milhão, 350 mil habitantes; o mesmo Cruzeiro do Sul que podemos ver com freqüência em nosso céu. Mas que mudança! Ao lado do Cruzeiro do Sul uma nova constelação, a constelação dos satélites artificiais jogados pela técnica, pela inteligência, pelo saber, pelo desejo de evoluir e progredir do homem. Satélites artificiais que nos colocam cada vez mais próximos um dos outros, permitindo que a RBS TV, hoje, a cabeça de um conjunto de 10 emissoras de televisão no Rio Grande do Sul, outras quatro em Santa Catarina, emitindo a cores com as mais modernos e sofisticados equipamentos, continue a cumprir o seu caminho, prestar o seu serviço. Que agora, em setembro, se Deus quiser, inaugura a nossa 15ª emissora, na Cidade de Santa Cruz. Na Cidade de Santa Cruz, onde teremos a oportunidade de testar tecnologias ainda mais novas, pela primeira vez em utilização em nosso País. Outra vez, com orgulho muito próprio de nossa parte, por uma iniciativa pioneira da RBS, que conseguiu, para tanto, mudar a própria legislação, permitindo que oferecêssemos condições de utilizar o aporte de novos conhecimentos em termos de captação e transmissão de imagens. Esta mesma tecnologia será gradualmente utilizada em todas as emissoras da RBS nesta busca permanente de atualização. Este cenário tem a agregar-se outros tantos fatores. Muitas saudades. Saudades de amigos e companheiros que já não estão conosco, que cumpriram o seu papel e sua missão e estão hoje lá, junto com os nossos satélites. Saudades do Maurício, tão carinhosamente referido por vocês, mas também com muitas realidades. Um outro momento social, outro momento político, outro momento econômico, responsabilidades aumentadas, a permanente e angustiante busca do equilíbrio, mencionada pelo Hermes, de cumprir adequadamente a nossa função de informar com isenção, de informar com correção, sempre nos incentivando. E é isto, meu querido Presidente Geraldo, meus bons amigos Vereadores, esta Cidade que nos acolheu quando nascemos, que nos viu crescer e que nos acompanha no dia-a-dia, a homenagem dos Edis porto-alegrenses é a homenagem mais quente, a mais próxima, é de quem convive conosco, de quem ouve as nossas críticas, de quem tem a oportunidade de, através dos nosso veículos, retrucá-las, oferecer as suas informações, conviver com os seus eleitores e com os cidadãos da nossa Cidade, que faz que a gente se sinta feliz, porque esta mesma oportunidade se multiplica por milhares e milhares, todos os anos, em cada uma das nossas emissoras de televisão, em cada uma das nossas emissoras de rádio, nos nossos jornais, fazendo com que nos sintamos efetivamente úteis como úteis são os Senhores, legisladores, que, neste dia, nos honraram. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Convido o autor da proposição, Ver. Artur Zanella, a fazer a entrega do Troféu Frade de Pedra, que traduz o apreço da população porto-alegrense a todas as pessoas que, de alguma forma, prestam serviços à comunidade, ao Sr. Jayme Sirotsky.

 

(É feita a entrega do Troféu Frade de Pedra.) (Palmas.)

 

Tendo tido esta Casa a oportunidade de ser ouvida pelas suas Lideranças e tendo tido também a honra de ter ouvido a palavra do Sr. Presidente da RBS, queremos, ao término desta Sessão, expressar a nossa consciência de que este ato, que pese simbolizar uma data, proporciona, antes de tudo, um encontro entre pessoas comprometidas com a sociedade. E, sobretudo, a RBS, em que pese ter atingido até as fronteiras – e atravessando as mesmas – do Rio Grande, ela aqui nasceu, aqui mora e aqui é a sua sede. Ela representa, de um lado, o olho do Rio Grande, que registra os fatos da terra Farroupilha e, de outro lado, ela retrata a imagem deste próprio Rio Grande. A responsabilidade da Direção da RBS e, de outra parte, a Direção daqueles que estão no vídeo, ou fora dele, municiando aqueles que lá estão, é de extrema responsabilidade. O olho e a imagem do Rio Grande passam, como disseram os oradores, pela imagem da RBS. A responsabilidade dos Senhores e o comprometimento recíproco que nos une para com a sociedade faz com que até atos festivos como os aniversários, se transformem, subitamente, num momento de reflexão, onde ouvimos as mais diversas abordagens. Mas com uma ficamos, com a certeza: o sonho de Maurício Sirotsky Sobrinho é uma realidade, e o Rio Grande do Sul – Porto Alegre – avançou tecnologicamente. Mas esta Sessão demonstra que, em que pese tudo isto, ainda estamos voltados para a fraternidade humana, para o bem comum e a refletir os anseios, as necessidades, as angústias que, neste momento, a nossa sociedade vive. A TV 12 – como comumente é conhecida a TV Gaúcha – não só fez história nestes 25 anos, mas, sobretudo, registra, neste momento, aquilo por que passa a nossa Cidade. Este encontro, por isto, é extremamente feliz, porque une homens comprometidos, cada um, é verdade, com as suas próprias convicções, mas todos eles profundamente desejosos de empreender serviços. Confesso aos Senhores que, se a nossa tarefa é delicada, acredito que a dos Senhores é extremamente delicada e que merece, por isto, um momento em que possamos parar, para sentirmos esta dificuldade, sobretudo nos tempos atuais, de tantas controvérsias, dores e angústias que passam por todos nós e pela sociedade em geral. A Cidade de Porto Alegre, através de seus representantes, se encontra com a mais importante rede de comunicação do sul do Brasil. Este ato, por isto, transcende em significação e mostra a preocupação geral, que não só foi externada pelas Bancadas aqui representadas, mas também foi externada pelo Diretor-Presidente da RBS. Acredito que este momento servirá para acalentarmos o futuro, assumirmos os compromissos e, sobretudo, fazer passar, por todos nós, a longa história com que nós outros chegamos em 25 anos de vida daquela parte até este momento.

Na oportunidade, ainda me cabe agradecer a generosa presença do Deputado Germano Bonow, que representa, neste ato, a Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, e as demais autoridades que, junto conosco, reverenciam o trabalho de todos os Senhores de uma forma pujante e, sobretudo, dizendo das nossas inquietudes e louvores. (Palmas.) Muito obrigado.

Está encerrada a presente Sessão.

 

(Levanta-se a Sessão às 18h36min.)

 

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